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O presidente dos EUA, Joe Biden, deu primeira declaração sobre os protestos violentos nas universidades
O presidente dos EUA, Joe Biden, deu primeira declaração sobre os protestos violentos nas universidades| Foto: EFE/EPA/Chris Kleponis/ Pool

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou nesta quinta-feira (2) a violência nos protestos contra Israel que se espalharam por universidades de todo o país e já resultaram na prisão de centenas de manifestantes.

Esse foi o primeiro pronunciamento oficial na Casa Branca desde que os atos tiveram início, no mês passado. O democrata se manifestou contra ações violentas que acontecem nas instituições, nos últimos dias, mas não sobre os protestos em si, desde que sejam pacíficos.

“O protesto violento não está protegido, o protesto pacífico está. É contra a lei quando ocorre violência, destruição de propriedade, vandalismo, fechamento do campus, forçar o cancelamento de aulas e formaturas, nada disso é um protesto pacífico, é contra a lei", disse em um discurso de três minutos convocado com urgência e que não constava na agenda enviada aos jornalistas na noite desta quarta (1º).

Em um pronunciamento de apenas três minutos, o presidente americano defendeu o direito dos estudantes à manifestação, mas insistiu que “a ordem deve prevalecer” diante dos tumultos que ocorreram nos últimos dias nos campi universitários de todo o país. “Ameaçar pessoas, intimidá-las, incutir-lhes medo não é um protesto pacífico. É ilegal”, acrescentou.

O democrata afirmou ainda que “a dissidência é essencial para a democracia”, mas “nunca deve levar à desordem e nunca deve resultar na negação dos direitos que outros estudantes têm de completar o semestre e sua educação universitária”.

O presidente, que se manteve em silêncio nos últimos dias sobre a propagação dos protestos em todo o país, afirmou que nos campi universitários “não há lugar para discursos de ódio ou violência de qualquer tipo”, seja “antissemitismo, islamofobia” ou discriminação contra estudantes de origem árabe ou palestina.

No final do seu discurso, Biden respondeu com um seco “não” quando um repórter lhe perguntou se os protestos universitários o tinham feito reconsiderar as suas políticas em relação a Israel.

Também respondeu negativamente quando questionado se os reservistas da Guarda Nacional deveriam intervir nestes protestos, algo a que o governador do Texas, o republicano Greg Abbott, recorreu para reprimir os manifestantes na Universidade do Texas, em Austin.

A última vez que Biden havia falado sobre os protestos tinha sido em 22 de abril, quando, em resposta a perguntas de jornalistas, disse condenar os “protestos antissemitas” e “aqueles que não entendem o que está acontecendo com os palestinos”.

Centenas de estudantes foram presos em protestos, acampamentos e ocupações de edifícios em protestos pró-Palestina em todo o país, após intervenções da polícia contra descumprimento de ordens das autoridades e ações violentas por parte dos manifestantes. (Com Agência EFE)

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